Resumo do texto de Sergio Coelho Borges Faria
“O exercício da intuição na composição da cena”
Conteúdos abstratos como intuição e sensação são inerentes ao estudo artístico, e devem ser levados em conta no meio acadêmico das artes. Para o educador, fica exposta a dificuldade de uma avaliação que concilie os saberes teóricos aos abstratos.
No ensino de teatro, o domínio psicomotor precisa ser trabalhado tanto na sua percepção quanto no domínio da sua aplicação prática. Principalmente nesse tipo de expressão artística, os sentidos físicos tem importância comunicativa fundamental. O domínio afetivo, no sentido de ver, apreciar, atibuir valores e responder aos estímulos com uma visão de mundo são também importantes para o estudante de artes em seu processo de comunicação e aprendizado. E as emoções: mais um valor subjetivo trabalhado em ambiente de aula de teatro, que torna ainda mais peculiar a atribuição de valores e notas.
Além das sensações e sentimentos, temos também a intuição, que revela uma faceta mais misteriosa e veloz do que necessita ser trabalhado na prática, e dificulta a aplicação de critérios baseados em um estudo quadrado, filosófico, puramente téorico. A intuição é o resgate de pensamentos condensados e quase involuntário, instintivo.
É difícil deixar a sensação, o sentimento e a intuição prevalecerem sobre o pensamento. Porém, o trabalho físico em prol de um relaxamento mental podem ajudar a ativar a os sentidos e, consequentemente, a intuição. A autocrítica também atrapalha essa liberação que permite a ação por impulsos. É possível dar diretrizes para se alcançar esse estado, mas não é possível explicá-lo. Então, como avaliá-lo?
A separação das grandes áreas do conhecimento e suas disciplinas facilita a organização dos estudos, mas qualquer aprendizagem envolve o indivíduo integralmente.
A intuição e a razão estão conectadas nas motivações pessoais, e a cena revela suas ressonâncias e interseções no corpo do ator e na recepção público.
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