domingo, 19 de junho de 2011

Resenha

Resenha: Filme - Escritores da Libedade


ESCRITORES DA LIBERDADE é um filme do gênero drama, que foi lançado no ano de 2007 com produção e direção de Richard LaGravenese. Baseado em fatos, o filme retrata uma história que se passa na Califórnia no ano de 1992. Devido à violência existente em bairros pobres dos EUA, motivada por tensões raciais, a Secretaria de Educação do município resolveu implantar em escolas programas de integração, que consistia em promover a interação entre raças, culturas e etnias diversas.
No filme, a atriz Hillary Swank, que interpretava a professora “Erin Gruwell”, decidindo mudar sua vida profissional, passa a se dedicar à educação e entra para o projeto para lecionar Língua Inglesa. Ela então assume uma sala de aula composta por adolescentes na faixa etária entre 14 e 15 anos, cheia de expectativas quanto ao modelo educacional que pretendia desenvolver. Por se tratar de uma turma de adolescentes envolvidos num contexto de violência, inclusive com formação de gangues, a professora enfrentou sérios problemas e sofreu grande rejeição por parte da turma que a ignorava completamente, chegando ao ponto de deixá-la sozinha na sala.
Erin comunica à direção da escola sua dificuldade em sala de aula, mas até mesmo a direção parecia inerte diante do seu problema. Ela então resolve mudar sua proposta para a turma e passa a introduzir a arte como meio, utilizando a música para interagir com cada um deles. Embora com certa resistência por parte até mesmo dos seus colegas, que desacreditavam na capacidade dos alunos pelo fato de serem envolvidos com a violência, naquele instante, Erin teve grande avanço e conseguiu estreitar os laços e extrair informações particulares, dando a oportunidade de cada um falar de si próprio, dos seus medos, suas angústias, suas mágoas e da violência predominante.
Com sua dinâmica, Erin desenvolveu a chamada avaliação diagnóstica, que consiste em possibilitar aos professores o reconhecimento dos atributos dos alunos, identificando e aproveitando a potencialidade de cada um no desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem. Essa dinâmica permitiu que a professora mantivesse um contato mais próximo com a turma e participasse ativamente do mundo deles. A partir de então, ela conquista a confiança e passa a superar as dificuldades.
Erin abordou em sala assuntos de grande comoção social como tentativa de sensibilização e alertou para os malefícios das gangues. Também adotou um projeto de leitura e escrita, tendo como base o livro “O diário de Anne Frank”, utilizando a metodologia de construção de diários, onde, baseado na leitura do livro, cada aluno registrava aquilo que queria dizer acerca de sua vida. A senhora G, como era chamada por seus alunos, conseguiu resgatar o respeito e autoconfiança e passou a apresentar uma nova possibilidade na luta pelos seus ideais e enfrentamento dos obstáculos, não mais pela violência, mas sim através do conhecimento.
Mesmo com todos os empecilhos, Erin não desistiu da sua luta. Enfrentou problemas no casamento, já que seu marido não aceitava a dedicação que tinha com o ensino e preferiu o divórcio. Ela conseguiu acompanhar a turma até o término do ensino médio e ingresso de alguns na faculdade. Após a leitura dos diários, resolveu aplicar o último projeto à turma, criar um livro cujo nome seria Escritores da Liberdade.
Nota-se então que no que tange ao processo educacional, o filme tem papel de fundamental importância, uma vez que apresenta novas propostas para a construção do conhecimento.
O filme Escritores da Liberdade merece destaque, principalmente, por enfatizar o papel da educação como instrumento de transformação pessoal e social e apontar cultura e conhecimento como bases para a construção de uma sociedade mais digna e melhor para todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário